quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ela.

Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera? E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.
Caio F. Abreu

domingo, 22 de janeiro de 2012

Um dia triste.

A primeira coisa que pensei sobre o dia hoje logo cedo: "Hoje o dia vai ser ótimo! Consegui ajudar duas pessoas e nem começou o dia!" Dá até medo de começar a falar. Parei pra pensar nos últimos dias, sobre algumas experiências que eu não tinha passado ainda. A única que consegui pensar foi: A MORTE. Já tinha tomado conhecimento de mortes trágicas do conhecido, do conhecido de um conhecido meu. Mas não de alguém que consigo ter lembranças tão fortes como as que estou tendo agora. Poxa, sério, odeio quando penso em algo e isso acontece. Essa sensação é a pior do mundo. Lembro do meu amigo querido de escola que me acompanhou em tantos momentos. São as coisas boas que consigo lembrar: a pessoa agradável apesar dos eternos sofrimentos, tão querido que nem se pode explicar, para os outros umas pessoa tão alto astral que às vezes fica difícil imaginar a situação em que ele se encontrava pra tomar essa decisão. Certa vez li em um livro de Augusto Cury:
"O suicida na verdade não quer se matar mas quer matar a sua dor."
É triste pensar que ninguém conseguiu ser o suficiente pra fazê-lo mudar de idéia. É triste pensar no quanto essa pessoa sofreu até tomar essa decisão. É triste ver que AGORA, não se pode mais fazer nada. Não gosto de velórios. A única vez que fui em um velório, foi de uma aluno que era especial na escola que eu estudava. Velórios só servem pra você ficar com uma imagem horrível da pessoa. Não serve pra se despedir. A pessoa não está mais ali. Nós temos que nos despedir sempre quando vemos as pessoas, pois nunca sabemos quando vai ser definitivamente a ultima vez. Acho que nessas horas só podemos lembrar dos momentos bons, dos sorrisos e de tudo que foi e não do que poderia ter sido. Cada uma tem suas escolhas nessa vida. A nós, cabe estarmos preparados.
"Um dia você descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. "
Tenho muita fé que seu caminho sempre foi iluminado, Alex pois você sempre fez somente bem aos outros. Infelizmente não conseguimos fazer tanto por você.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Quem virou o mundo de cabeça pra baixo? |:

Pois é... e uma vontade de escrever no blog aparece: justo em janeiro. Acho que sinto necessidade de escrever por aqui quando está tudo muito diferente na minha vida, ou mudando. Não quero falar sobre as coisas que passaram nesse último semestre, mas só sei que tenho me sentido totalmente estranha. Está tudo tão diferente... não somente do que as coisas eram antes, mas diferente de qualquer futuro que eu pude imaginar. Quando temos nossos sonhos e imaginamos nosso futuro, às vezes não temos idéia da onde nossa vida pode parar. Algumas vezes parece um sentimento de perda, outras parece uma total confusão. Parece que tenho perdido um pouco a cada dia que passa, de tudo que eu tinha. Não tem sido fácil, estou precisando me reencontrar. É como se essa fase fosse de um amadurecimento doloroso, só falta saber se foi/é necessário. Alguém me salva? |: